Associação Empresarial de Braga exige redução do IVA na energia
Concelho
AEB pede “medidas urgentes e temporárias” para fazer face ao aumento dos custos com a energia, em concreto a redução da taxa do IVA e a promoção de um programa nacional de apoio à transição e eficiência energética.
A Associação Empresarial de Braga (AEB) exige que o Governo tome “medidas urgentes” para que as empresas consigam fazer face ao aumento brutal dos custos da energia. Reivindica, em concreto, a redução imediata da taxa do IVA em todos os escalões de consumo de energia para a taxa reduzida e a promoção de um programa de apoio à transição e eficiência energética.
As reivindicações surgem na sequência de uma reunião do Conselho Estratégico da AEB, que integra empresários de vários sectores de actividade e onde estes deram conta das dificuldades que enfrentam, sobretudo com o aumento dos custos da energia, mas também com a escalada da inflação, do custo dos transportes e falta de matérias-primas, explicou Daniel Vilaça ao Correio do Minho.
O presidente da AEB cita, a título de exemplo, o caso de uma unidade hoteleira da cidade que viu a factura mensal da energia passar de 15 mil para 91 mil euros por mês.
“São valores incomportáveis. Há várias empresas que se deparam com a factura a duplicar ou triplicar de valor”, alerta Daniel Vilaça, que não esconde que saiu da reunião do Conselho Estratégico “bastante preocupado’ com as dificuldades que as empresas enfrentam para manter a actividade.
No que respeita ao aumento dos preços da energia, o presidente da AEB defende que “as empresas necessitam, por um lado, que as suas facturas energéticas diminuam no imediato”, e, por outro, de “proceder à adopção urgente de medidas que promovam a redução de consumo de energia, a adopção de processos de melhoria da sua eficiência energética e hídrica e de transição energética para outras fontes de energia, de forma a reduzir a sua dependência face a combustíveis fósseis”.
Neste âmbito, a AEB pede ao Governo “um conjunto de medidas excepcionais”, que produzam “efeitos rápidos e verdadeiramente eficazes”, para apoiar as empresas. Em concreto, “a redução imediata da taxa de IVA aplicável a todos os escalões de consumo de energia para a taxa reduzida” e a “promoção de um novo programa nacional de apoio à eficiência e transição energética”. Daniel Vilaça frisa que deve ser “um programa acessível a todas as empresas e sectores e sem grandes exigências burocráticas, num modelo semelhante ao ADAPTAR, que apoie os investimentos que as micro e PME têm de promover para implementar o conjunto alargado das acções previstas no Plano de Poupança de Energia 2022-2023.
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